Georges Bataille - História do Olho e Minha Mãe

Georges Bataille - História do Olho e Minha Mãe

Autor(a)
Georges Bataille
Editora: Livros do Brasil, 1988
Dimensões: 144 x 212 x 13 mm
Encadernação: Capa mole
Páginas: 238
Género Literário: Drama Erótico


Georges Bataille 1897-1962) foi um escritor, filósofo, ensaísta e crítico francês. Entre os episódios mais marcantes da sua vida, encontra-se a mobilização para a Primeira Guerra Mundial, a adesão ao catolicismo e subsequente perda de fé, a experiência da psicanálise e o contacto com o movimento surrealista, de que posteriormente se veio a desvincular, o envolvimento com o círculo comunista democrático ou a luta contra o fascismo. A sua obra foi escrita sob o signo do excesso, do sagrado, da transgressão e do erotismo.

A "História do Olho" e "Minha Mãe" são exemplos da intervenção de Georges Bataille num tipo de arte que oscila entre o autobiografismo, a invenção onírica e um erotismo violentamente oposto ao cânone trivial da literatura para consumo pornográfico.

Georges Bataille lançou seu primeiro romance, História do Olho, sob o pseudônimo de Lord Auch e as primeiras edições em que seu nome aparece na capa foram póstumas. Não é para menos: o livro é profundamente obsceno e o funcionário público Georges Bataille se preocupava com sua imagem profissional.

A novela é escrita na primeira pessoa por um adolescente anónimo, e conta as aventuras sexuais deste com Simone, uma espécie de namorada também adolescente. Os dois envolvem outras pessoas nas suas peripécias sádicas, brutais e irracionais, como Marcela, praticamente uma criança, que os deixa obcecados e Sir Edmond um inglês milionário que os acompanha numa viagem a Espanha financiada por ele.
A atmosfera da novela é onírica, como se fosse um sonho violento ou um pesadelo. O sonho e a crueza da realidade sobrepõem-se de forma desconcertante. Ao mesmo tempo, a frieza do estilo é de um contraste gritante com as loucuras descritas. O erótico, aqui, não tem nada de sensual. É repulsivo e intocável, pela sua própria condição absurda. Por vezes, tem-se o ímpeto de não prosseguir a leitura.

"Minha Mãe" foi adaptado ao cinema em 2004, num filme realizado e escrito por Christophe Honoré, com Isabelle Huppert, Louis Garrel, Emma de Caunes e Joana Preiss nos principais papéis.
Pierre, um adolescente de 17 anos, foi criado pelos avós. Ele tem um amor cego pela mãe, Hélène, e sente a falta do afeto por parte desta. Todavia, Hélène não está disposta a ser amada por aquilo que não é, pelo que decide acabar com o mistério e levá-lo a conhecer o seu mundo o de uma mulher promíscua e sádica, para quem a imoralidade é um vício. Ele entra nesse mundo, sem quaisquer resistências, pois continua à procura do amor materno absoluto. Por fim, Pierre envolve-se amorosa e incestuosamente com a sua mãe.

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Etiquetas: Literatura

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Paulo Morgado

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